Oi!
Passei por um período difícil na faculdade, por todos os trabalhos de final de curso, etc. Por isso não pude manter as postagens em dia; mas, estou pensando em retomar o andamento deste blog com posts mais curtos, que não me exijam muito, mas ainda sim sejam interssantes para o público.
Durante o tempo de produção do TCC, fui corrigido por meu orientador várias vezes quando eu escrevia o pronome 'ele, ela' pra começar uma frase em que o assunto/sujeito ainda era o mesmo da frase de antes (ele me mandava trocar o 'ele' pelo sobrenome do autor). Será que esses pronomes estão ficando cada vez mais vazios? Será que algumas variantes da língua portuguesa (meu orientador é de São Paulo) estão cada vez exigindo mais o preenchimento de informação na frase? Pode ser que isso esteja acontecendo por causa do uso de 'ele, ela' depois do sujeito, fazendo uma separação entre "tópico" e "comentário":
- Frase simples (ou "imprecisa"?):
O menino foi buscar o cachorrinho no vizinho.
- Frase com mais preenchimento (ou "redundante"?):
O menino, ele foi buscar seu cachorrinho na casa de seu vizinho.
Até onde sei, esse uso do 'ele' nem é aceito na língua formal portuguesa. Nem existe um sinal de pontuação regulamentado, sendo usada aqui a vírgula em improviso. Pra mim, o grau de precisão parece ser diferente entre os vários sotaques pelo Brasil, podendo também estar ligado à vontade/capacidade do leitor de deduzir/pensar.
Bem, foi isso que eu pensei. Fica então aquela dúvida: mais redundância ou mais imprecisão? Nenhuma das duas tem uma conotação muito positiva...