quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Imprecisão ou redundância?

Oi!

Passei por um período difícil na faculdade, por todos os trabalhos de final de curso, etc. Por isso não pude manter as postagens em dia; mas, estou pensando em retomar o andamento deste blog com posts mais curtos, que não me exijam muito, mas ainda sim sejam interssantes para o público.

Durante o tempo de produção do TCC, fui corrigido por meu orientador várias vezes quando eu escrevia o pronome 'ele, ela' pra começar uma frase em que o assunto/sujeito ainda era o mesmo da frase de antes (ele me mandava trocar o 'ele' pelo sobrenome do autor). Será que esses pronomes estão ficando cada vez mais vazios? Será que algumas variantes da língua portuguesa (meu orientador é de São Paulo) estão cada vez exigindo mais o preenchimento de informação na frase? Pode ser que isso esteja acontecendo por causa do uso de 'ele, ela' depois do sujeito, fazendo uma separação entre "tópico" e "comentário":

- Frase simples (ou "imprecisa"?):
O menino foi buscar o cachorrinho no vizinho.

- Frase com mais preenchimento (ou "redundante"?):
O menino, ele foi buscar seu cachorrinho na casa de seu vizinho.

Até onde sei, esse uso do 'ele' nem é aceito na língua formal portuguesa. Nem existe um sinal de pontuação regulamentado, sendo usada aqui a vírgula em improviso. Pra mim, o grau de precisão parece ser diferente entre os vários sotaques pelo Brasil, podendo também estar ligado à vontade/capacidade do leitor de deduzir/pensar.
Bem, foi isso que eu pensei. Fica então aquela dúvida: mais redundância ou mais imprecisão? Nenhuma das duas tem uma conotação muito positiva...